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Parabéns, advogado!
Conheça 7 pontos da proposta do governo para a reforma da Previdência

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O governo do presidente interino Michel Temer aposta na reforma previdenciária como um dos seus principais legados, e estuda mexer em temas espinhosos, como a implementação de uma idade mínima para aposentadoria.
O formato vem sendo negociado com centrais sindicais e representantes de empresários há três meses, mas só deve ser enviado ao Congresso depois das eleições municipais, em outubro.
A proposta do Palácio do Planalto, no entanto, está praticamente pronta. Veja abaixo os principais pontos que estão sendo previstos:
Idade mínima
É a principal mudança a ser proposta. O governo trabalha com a determinação de uma idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, um limite que deve ser ampliado ao longo dos anos, podendo chegar a 70 anos.
As idades também serão aproximadas entre homens e mulheres até ficarem iguais.
Compensação
O governo permitirá que um trabalhador que contribua mais do que o tempo determinado de aposentadoria, ou vá além da idade mínima a ser definida, receba valor maior do que o previsto para sua faixa, uma maneira de beneficiar quem ficou mais tempo ou entrou mais cedo no mercado de trabalho.
Transição
Nos planos do governo, serão incluídos nas novas regras da Previdência para todos os trabalhadores com menos de 50 anos.
A partir dessa idade, o trabalhador terá uma espécie de pedágio de 40 ou 50 por cento do período que ainda falta para sua aposentadoria. Se faltar um ano, terá que trabalhar mais seis meses. Com isso, a conta é que a transição para o novo sistema se daria em 15 anos.
Setor público
As regras de aposentadoria serão unificadas com o setor público, com a mesma idade mínima e o mesmo teto de pagamento –o que já existe para quem entrou a partir de 2013 e o pedágio no tempo de contribuição.
No entanto, o governo ainda estuda se será possível limitar a aposentadoria integral dos servidores anteriores a 2013, já que estes contribuem com 11 por cento do salários integral e teriam que ser recompensados de alguma forma, gerando mais um custo para o governo.
Aposentadoria rural
O governo quer criar um plano específico para o produtor rural, para que haja uma contribuição, mesmo que de forma diferente do trabalhador urbano, assalariado ou autônomo. O modelo, no entanto, ainda não foi definido
Aposentadorias especiais
Não há ainda definição, mas a tendência é rever todas as chamadas aposentadorias especiais, incluindo a de professores, policiais e militares, para que se verifique se é possível adotar, nestes casos, as mesmas regras dos trabalhadores do regime geral.
Isenções fiscais
O governo analisa todas as isenções que afetam diretamente à Previdência, entre elas a de instituições filantrópicas, que alcançam 10,7 bilhões de reais, das empresas exportadoras de commodities, que tiveram 5,3 bilhões de desoneração em 2015, e a de programas como o Simples. As isenções poderão ou não ser mantidas, a partir de uma avaliação se trazem retorno econômico ou não para o país.
Texto: Lisandra Paraguassu, da REUTERS
Rio 2016: Olimpíada atrapalha ou ajuda o Brasil em recessão?

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O governo brasileiro havia prometido que a Copa do Mundo contribuiria para a geração de renda e emprego, impulsionando os investimentos e a economia do país.
Na prática, ao menos o efeito de curto prazo do evento parece ter sido o oposto (embora ainda haja quem defenda que o Brasil pode colher no longo prazo os frutos da exposição midiática conseguida com o Mundial).
Os feriados e paralisações provocadas pelos Jogos tiveram um impacto negativo na produção industrial e na economia como um todo, sendo responsabilizados pelo próprio governo pela queda de 0,6% do PIB no segundo semestre de 2014.
O que esperar, então, da Olimpíada – que, ao que tudo indica, ocorrerá em um momento ainda mais delicado para a economia brasileira?
Os Jogos vão dificultar a retomada do crescimento ou podem contribuir para criar um clima de otimismo – o que alguns economistas chamam de feel good factor – que favoreça a volta dos investimentos?
Estudos de impacto
Quando o Rio de Janeiro ainda competia com Madri, Tóquio e Chicago para ser a sede dos Jogos Olímpicos, em setembro de 2009, um estudo encomendado pelo Ministério dos Esportes à Fundação Instituto de Administração (FIA) estimava que a competição poderia movimentar US$ 51 bilhões em recursos e gerar 120 mil empregos.
O estudo defendia que os investimentos feitos para o evento teriam um efeito multiplicador amplo e diversificado sobre a economia, que duraria anos. O impacto também seria positivo fora do Rio de Janeiro – cerca de metade desses postos de trabalho beneficiariam moradores de outros Estados.
Em janeiro de 2014, um relatório preliminar de outro estudo, encomendado pelo Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos à Universidade Federal do Rio de Janeiro, também defendia que o evento pode proporcionar “benefícios para as economias local, regional e nacional, ao estimular investimentos incrementais e estruturais.”
E em dezembro, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, defendeu numa audiência pública que a Olimpíada será marcada pela economia de recursos públicos, obras finalizadas no prazo e um legado econômico e social significativo.
“Tenho muita convicção de que a história da Olimpíada é bastante diferente do que foi a história confusa da Copa do Mundo. O modelo construído e a maneira como está se fazendo, inclusive do ponto de vista orçamentário, é algo bastante diferente”, disse ele.
“(A Olimpíada) é uma oportunidade de mostrar um Brasil diferente do país que atrasa licitações e superfatura preços. (…) É uma enorme oportunidade de transformação”, completou, mencionando, em seguida, a expansão da rede hoteleira do Rio de Janeiro.
Economistas e especialistas ouvidos pela BBC Brasil, porém, têm uma visão mais cética sobre o possível impacto dos Jogos na economia.
Juan Jensen, da Consultoria Tendências, por exemplo, nota que, tanto em alcance geográfico quanto temporal, a Olimpíada é um evento menor que a Copa. Por isso tende a ter um impacto ainda menos relevante para a economia brasileira como um todo.
Ceticismo
Para começar, os torneios duram apenas duas semanas – não quatro, como no Mundial.
À exceção dos jogos de futebol, todas as competições ocorrem no Rio de Janeiro, enquanto na Copa eram 12 cidades-sede.
Além disso, apesar de a primeira vista parecer muito, os R$ 38 bilhões de investimentos ligados à Olimpíada são pouco significativos em um país com um PIB de R$ 4 trilhões.
“No longo prazo de fato existe a possibilidade de que a Olimpíada ajude a promover o Rio como destino turístico mundo afora. Se tudo ocorrer como previsto, sem incidentes de violência, podemos ter um ganho em termos de imagem”, diz Jensen.
“Mas a essa altura não é uma Olimpíada bem organizada que vai mudar o humor do empresário ou convencer estrangeiros a investirem no Brasil. O que convence o investidor é ver que o país está crescendo e que tem um ambiente institucional favorável, respeito às regras e etc.”
Otto Nogami, professor do Insper, concorda – e acrescenta que, mesmo os efeitos positivos de longo prazo, não estão garantidos.
“Sempre existe o risco de que, se houver qualquer problema durante o evento, a imagem do Rio saia enfraquecida”, diz ele.
“Além disso, mesmo olhando apenas para a economia do Estado que recebe os Jogos, é preciso considerar que também haverá feriados e paralisações, que podem neutralizar os efeitos positivos de gastos mais aquecidos em determinados setores.”
Evidência empírica
Para Wolfgang Maennig, especialista em economia do esporte da Universidade de Hamburgo, que vem estudando há anos os impactos econômicos de grandes eventos esportivos, essas competições “costumam ser um jogo de soma zero”.
Segundo ele, estudos empíricos não captaram nenhum efeito significativo dos Jogos na geração de emprego, renda e arrecadação de impostos.
No que diz respeito ao fluxo de turistas, muitas cidades-sede de Copas ou Olimpíadas teriam até registrado quedas, uma vez que turistas tradicionais e corporativos costumam evitar esses destinos durante as competições.
“Uma Olimpíada é, basicamente, uma grande festa. As pessoas ficam mais felizes. É um momento de celebração do esporte para ser lembrado por muitos anos – mas não mais que isso”, diz Maennig, que foi campeão olímpico de remo pela Alemanha Ocidental e esteve em todas as Olimpíadas realizadas desde 1984.
“Mas por que uma cidade quer ser sede dos Jogos Olímpicos? Para celebrar o esporte? Não, na grande maioria dos casos é para conseguir maior poder de barganha na competição por recursos federais para obras de infraestrutura.”
Segundo Maennig, o problema é que, para legitimar essas candidaturas, muitos governos acabam apresentando estudos de impacto com estimativas infladas de geração de emprego e renda.
“Em quase todo país que compete para sediar uma Copa ou Olimpíada é a mesma coisa. Por isso, a primeira coisa que precisamos fazer para ajustar essas expectativas é acabar com esses estudos de impacto prometendo milhares de emprego”, opina.
Pedro Trengrouse, especialista em Gestão, Marketing e Direito no Esporte da FGV, que foi consultor da ONU para a Copa, ressalta que a Olimpíada deve deixar um legado de infraestrutura positivo para o Rio de Janeiro em particular, na medida em que já contribuiu para concentrar investimentos do governo federal na cidade.
“Mas não adianta colocar as Copas ou Olimpíadas de verão ou inverno como solução de problemas econômicos que não tem nada a ver com esses eventos esportivos”, opina ele.
“No mundo inteiro já há um debate amplo sobre os custos e benefícios de se receber essas competições justamente porque se percebeu que, ao menos do ponto de vista econômico, nem sempre a conta fecha. Não é a toa que em muitos lugares a questão já está sendo levada a plebiscito.”
O Ministério dos Esportes não comenta sobre o impacto econômico da Olimpíada, mas ressalta que o evento deixará um legado importante no campo social e esportivo que beneficiará todos os Estados da federação, ao contribuir para colocar o Brasil no caminho de se tornar “uma potência esportiva”.
“Desde que o Brasil conquistou o direito de sediar os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, o governo federal tem atuado para que o legado do maior evento esportivo do planeta contemple todos os Estados e o Distrito Federal”, diz uma nota do Ministério.
A nota menciona a construção de 12 centros de treinamento de diversas modalidades, 261 Centros de Iniciação do Esporte, 46 pistas oficiais de atletismo e dez instalações olímpicas no Rio de Janeiro, além da compra de equipamentos de ponta em vários Estados.
“Os investimentos, superiores a R$ 4 bilhões, têm proporcionado a construção e a consolidação de uma Rede Nacional de Treinamento, com unidades que beneficiarão brasileiros em todas as regiões, contribuindo para a formação de novas gerações de atletas.”
Segundo pesquisa, comportamento diante de desafios é mais decisivo que o QI

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Quando o assunto é sucesso, a percepção geral é de que as pessoas mais inteligentes irão decolar e deixar todos os outros para trás. Mas uma pesquisa conduzida pela Universidade de Stanford mostra justamente o contrário.
A psicóloga Carol Dweck passou a carreira inteira estudando a relação entre atitude e performance. Seu último estudo mostra que a atitude de uma pessoa é um melhor indicativo de sucesso do que o QI (Quociente de inteligência).
A pesquisadora descobriu que existem dois tipos de mentalidades que dão origem a atitudes. A primeira é uma mentalidade fixa, que aparece em indivíduos que acreditam que não são capazes de mudar. Quando desafiados, eles enfrentam problemas porque qualquer coisa que pareça ser maior do que eles podem lidar, faz com que se sintam sem esperança e sobrecarregados.
Já pessoas com o segundo tipo de mentalidade, a mentalidade de crescimento, acreditam que sempre podem melhorar através do esforço. Elas se saem melhor do que aquelas que têm uma mentalidade fixa – mesmo se tiverem um QI menor. Isso porque abraçam desafios e os tratam como oportunidades de aprender algo novo.
Veja abaixo algumas das principais características dos dois perfis que Carol Dweck encontrou em seus estudos:
Mentalidade fixa: evitam desafios, desistem facilmente, não enxergam sentido em desafios e ignoram críticas construtivas.
Mentalidade de crescimento: abraçam desafios, persistem mesmo em condições difíceis, enxergam o esforço como caminho para a maestria e aprendem com críticas.
O fator decisivo para traçar esses dois tipos de personalidade é como uma pessoa reage a desafios e percalços. De acordo com a pesquisadora, o sucesso tem muito a ver com como a pessoa lida com o fracasso. “O fracasso é uma informação. Nós rotulamos ela de fracasso. Mas pessoas com uma mentalidade de crescimento pensam: ‘isso não funcionou, então ou eu resolvo a situação para que funcione ou eu tentarei outra coisa’”, disse em entrevista à Forbes.
De qualquer maneira, o perfil não é eterno. É possível treinar e desenvolver uma mentalidade de crescimento com o tempo. Veja duas estratégias elencadas pela revista:
Não fique desamparado
Todos temos momentos em que nos sentimos assim. O que conta é como reagimos ao desamparo. Podemos aprender ou afundar com ele. Muitas pessoas bem sucedidas hoje enfrentaram momentos difíceis em suas histórias.
Seja apaixonado
Pessoas com mentalidade de crescimento perseguem suas paixões não importa o que aconteça. Elas sabem que sempre haverá alguém mais inteligente ou talentoso do que elas. A verdade é que é possível compensar a falta de talento com paixão.
O investidor Warren Buffet dá uma dica de como encontrar a sua verdadeira paixão: faça uma lista com as 25 coisas que você mais se importa. Então, risque todas as últimas 20. As cinco primeiras coisas que você escreveu são suas verdadeiras paixões. O restante é apenas distração.
Quer ser mais produtivo? A Nasa encontrou o segredo

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A busca pela receita que te faz produzir mais chegou ao espaço. No início de 2015, a Nasa recrutou pesquisadores que pudessem colaborar com a saúde e o trabalho dos astronautas na Estação Espacial Internacional.
Os primeiros resultados começaram a aparecer – e também dão pistas de como se tornar mais eficiente no planeta Terra.
O segredo da produtividade, segundo o pesquisador Jeffery LePine, não é trabalhar mais rápido – e sim fazer as tarefas na ordem certa.
Sua equipe mediu a concentração, as emoções e o estresse dos astronautas no seu dia a dia. Eles perceberam que a grande armadilha para ser produtivo está nas transições entre as tarefas.
Quando terminamos uma obrigação e passamos para a próxima, existe um “engajamento residual”: na prática, um “resto” daquele compromisso anterior que continua grudado na mente.
Ele pode aparecer na forma de animação (por ter conseguido terminar algo difícil), frustração (por ter falhado), distração ou teimosia – e esse estado de espírito permanece depois da transição de tarefas.
Se a tarefa anterior era complexa e importante ou ficou incompleta, fica quase impossível “trocar de marcha” rapidamente, explica LePine ao site Quartz.
Para ultrapassar esse problema, a estratégia seria diminuir ao máximo o número de transições necessárias.
A ideia é juntar as tarefas parecidas: juntar um bloco dos trabalhos que te fazem quebrar a cabeça, para aproveitar os resíduos de concentração, e fazer as mais rápidas e simples todas de uma vez.
Assim, o seu mindset não precisa mudar tantas vezes e uma tarefa não “contamina” a outra.
Outro alerta dos cientistas é prestar a atenção nas emoções no momento de transição. Se existe uma tarefa diária que te deixa irritado – responder emails, retornar ligações, fazer reuniões – a proposta é se programar para resolver os compromissos mais complexos antes de passar por esse estresse.
E o que a Nasa tem a ver com isso? Na Estação Espacial, os astronautas fazem pesquisas incríveis e supercomplexas. Mas, como você e eu, ainda tem que brincar de casinha: não só varrer o chão, como fazer a manutenção dos sistemas de suporte de vida.
A diferença é que, ao contrário de largar a louça suja na Terra, deixar de fazer tarefas domésticas no espaço pode ser fatal.
Além de variar sua mentalidade entre a de cientista e a de faxineiro, o astronauta ainda passa horas trabalhando sozinho para depois realizar tarefas totalmente dependentes do resto da equipe – e, no momento em que essas transições acontecem, LePine identificou um risco maior de distração, que pode eventualmente acabar em desastre.
Entender a melhor forma de organizar as tarefas e diminuir o estresse dessas transições é essencial para chegar em casa e ter a sensação de dever cumprido – seja depois de um longo dia de trabalho ou de seis meses flutuando ao redor da Terra.
Fonte: Ana Carolina Leonardi, da Superinteressante
Governo espera economizar R$ 7,1 bilhões por ano com revisão de benefícios
O pente-fino em benefícios previdenciários e assistenciais anunciado pelo Palácio do Planalto vai gerar uma economia de R$ 7,1 bilhões por ano, de acordo com cálculos do governo. As projeções do impacto se referem aos gastos atuais da União com auxílio-doença, aposentadoria por invalidez de longa duração e com o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
A revisão do benefício para trabalhadores que estão temporariamente afastados por problemas de saúde vai permitir a redução de 30% dos custos atuais, o que significa uma redução de R$ 3,955 bilhões do que é pago anualmente. Já na aposentadoria por invalidez, a projeção é de que somente 5% do gasto seja revertido, já que a revisão desse tipo de perícia é mais incomum. Nesse caso, o impacto será de R$ 2,340 bilhões.
Em relação ao BPC, pago a pessoas com mais de 65 anos que não contribuíram com a Previdência Social, a economia estimada é de R$ 800 milhões por ano, o equivalente a 2% do total de benefícios pagos atualmente.
Os esclarecimentos sobre as mudanças foram feitos no Palácio do Planalto pouco antes do anúncio da meta fiscal de 2017, que prevê rombo de R$ 139 bilhões nas contas públicas.
Reforma
De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, as medidas anunciadas têm o objetivo de “colocar uma tampa sobre os ralos que estão abertos” com pagamentos e gastos desnecessários.
Padilha já havia anunciado a intenção do governo de promover um “pente-fino” nos benefícios previdenciários, entre eles o auxílio-doença. Na ocasião, o ministro afirmou que levantamentos preliminares indicavam falhas na concessão dos benefícios, e que seria necessário revisar os cadastros.
Assim que assumiu o governo, o presidente interino Michel Temer anunciou a criação de um grupo de trabalho para, dentro de 30 dias, apresentar uma proposta para a reforma da Previdência. Os representantes de centrais sindicais e técnicos do governo têm se reunido, mas, como não houve consenso sobre a criação de idade mínima para aposentadoria, o prazo não foi cumprido. A equipe econômica argumenta que os gastos com a Previdência Social são maiores a cada ano e podem ficar insustentáveis no futuro.
10 lições de comunicação de Game of Thrones
O último episódio da sexta temporada da série Game of Thrones bateu recorde de audiência em sua primeira exibição, com 50 milhões de espectadores no domingo, 25 de junho. Os personagens de Game of Thrones dão lições de como comunicar e reposicionar suas imagens, ainda que nem sempre defendam exatamente as boas práticas organizacionais. A lista abaixo é do portal da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial e pode conter spoilers.
1. Tyrion Lannister: Invista nas relações governamentais
A ambição do anão não é conquistar o poder, mas estar perto dos líderes para que adotem boas práticas de gestão. Como conselheiro da rainha Daenerys, ele a convenceu a não pôr fogo na cidade de Meeren.
2. Jon Snow: Não adote uma estratégia sem antes convencer seu público interno
Como chefe dos Guardiões da Muralha, ele fez um acordo com os selvagens, sem negociar com seus pares. Foi morto. Ainda bem que teve quem o ressuscitasse. Soube reposicionar suas ambições por meio de uma nova narrativa heroica e se sagrou Rei do Norte.
3. Melisandre: Tenha cuidado com o que você comunica
A feiticeira vermelha garantiu que as tropas do líder Stannis Baratheon tomariam Westeros caso ele oferecesse a filha em sacrifício a seu deus único. Errou. Aprendeu a lição e ressuscitou Jon Snow sem prometer que teria sucesso. Mesmo assim, fez isso tarde demais. Se ela manteve uma comunicação exemplar com Deus, mostrou-se péssima em relação a seus fornecedores.
4. Lorde Varys: Cultive boas fontes
O conselheiro de Westeros, conhecido como o Sussurador, faz lobby com os governantes e lança mão de informações confidenciais. Assim, fica bem com todos, sobrevive e triunfa nas mais diversas cortes, de Dorne a Mereen.
5. Daenerys Targaryen: Governe com uma agenda positiva
A herdeira do Trono de Ferro está reunindo forças armadas de diversas origens para conquistar o poder. Para isso, tem abolido a escravatura, lançado políticas de inclusão de gênero, testado novos modelos de administração e punido as elites de povos primitivos. Para seduzir as multidões, ela ainda conta com três dragões invencíveis.
6. Arya Stark: Tenha visão de longo prazo
Paciência é a maior virtude da filha caçula de Ned Stark. Ela também é um modelo de superação, pois espera para executar o projeto de vingar da morte dos pais, capacitando-se em artes marciais e técnicas de ocultismo e magia.
7. Lorde Baelish: Faça parcerias para progredir
De origem humilde, o Mindinho subiu na vida fazendo inimizades e destruindo pessoas, ao mesmo tempo que se uniu a protagonistas dos novos cenários de poder. Seu objetivo é se tornar Rei do Norte. Mas os sete deuses parecem que não vão dar asas à cobra.
8. Cersei Lannister: Saiba usar suas ferramentas na hora certa
Como ter uma imagem tão negativa e arrebatar tantos fãs? Para reconquistar o trono, a rainha Cersey se vale de todo seu repertório de crueldades, falta de ética e péssimas práticas. Espera o momento exato para se vingar e demonstra que a boa gestão pede medidas drásticas. Sua gestão rigorosa arrasta os fãs ao trono.
9. Sansa Stark: Utilize sua reputação com sabedoria
A filha mais velha de Ned Stark explora como ninguém a beleza e o decoro para disseminar uma imagem positiva entre seus seguidores. Até na vingança ela sabe manter a reputação e crescer na hierarquia real do Norte.
10. Jorah Mormont: Não se apaixone pelo chefe
O guerreiro ândalo serviu sua chefe – a rainha Daenarys – com tanta dedicação e fidelidade que acabou se dando mal. Declarou-se a ela e teve que renunciar a seu posto, comprometendo seus projetos.
Para o fim de semana: filmes da Netflix sobre carreira de trabalho

Cena do filme Jobs, com Ashton Kutcher. Crédito: Divulgação
Assistir a filmes é sempre uma boa programação para os fins de semana. Com frio, então, esse lazer fica ainda melhor. Compartilhamos aqui a seleção do consultor de carreira Rodrigo Camargo, da Talenses, de filmes disponíveis na Netflix e que contam histórias reais ou imaginárias sobre o poder da paixão pela carreira para superar desafios. A lista foi publicada pelo Portal Exame.com.
Mr. Selfridge
A série conta a história de Harry Selfridge, um empreendedor norte-americano que de fato existiu e fundou uma importante loja de departamento em Londres, na década de 1910.
Por que vale a pena? Selfridge é uma figura que não passa despercebida: visionário e envolvente, ele cria uma aura de sedução em torno dos seus produtos. Segundo Rodrigo Camargo, consultor da Talenses, a série é interessante por mostrar a paixão que o trabalho é capaz de inspirar. “Como gosta muito do que faz, ele tem um sucesso estrondoso”, diz Camargo. A loja dá certo graças à capacidade de Selfridge em servir seus clientes bem — e com prazer.
Suits
Após se envolver com negócios ilícitos e abandonar a faculdade de Direito, o brilhante Mike Ross é contratado pelo escritório de Harvey Specter, um dos melhores advogados de Nova York. A série aborda a relação entre eles, bem como os casos que precisam resolver juntos.
Por que vale a pena? Esta é uma sugestão especialmente interessante para advogados que atuam no mundo corporativo. Além de explorar dramas que estimulam qualquer aficionado por direito empresarial, a série mostra um aspecto muitas vezes esquecido no dia a dia: a diferença que um bom parceiro pode fazer para a sua carreira. Os dois personagens principais têm perfis díspares, mas complementares. Para Camargo, essa cumplicidade é fundamental para que os sócios gerem bons resultados e tenham satisfação em trabalhar juntos.
Chef’s table
Os protagonistas desta série são chefs de cozinha de renome internacional, inclusive o brasileiro Alex Atala, do premiado restaurante D.O.M.. Cada episódio é dedicado a um profissional em particular, explorando suas paixões, talentos e histórias pessoais.
Por que vale a pena? Este é um prato cheio para quem quer se entregar de corpo e alma à sua vocação. Segundo Camargo, o mérito da série está em mostrar como o amor pela carreira pode trazer resultados surpreendentemente positivos para profissionais de qualquer área — até das mais competitivas, como a gastronomia. A maioria dos chefs teve que enfrentar dificuldades inimagináveis até chegar ao topo. “O segredo deles foi acreditar numa filosofia de trabalho, cultivar uma pureza na busca pelo melhor ingrediente, pelo melhor método de preparo”, diz. “Esses ideais valem para qualquer profissão”.
O físico
Na Inglaterra do século 11, a mãe de Rob Cole morre de uma doença misteriosa. Inspirado pelo ideal de salvar vidas, o jovem decide ir à Pérsia para aprender medicina. Em sua terra natal, ele e outros estudiosos da saúde são perseguidos pela Igreja Católica pela prática de “bruxaria”. O filme é baseado no livro homônimo de Noah Gordon.
Por que vale a pena? Embora retrate um passado distante, o filme aborda questões muito atuais, diz Rodrigo Camargo, da Talenses. O primeiro é a importância do envolvimento emocional com a carreira para ter sucesso. “Ele se apaixona por medicina, e nada mais o segura depois disso”, explica. O segundo tema presente é a coragem necessária para romper paradigmas. Se na Idade Média os cientistas eram vistos como “bruxos”, na atualidade certas ideias são questionadas e até desencorajadas nas empresas por fortes resistências culturais. A história de Rob mostra que é preciso continuar insistindo.
A rede social
Premiado pelo Oscar, o filme mostra os primeiros passos do Facebook, a rede social mais popular da atualidade. Tudo começa quando o universitário Mark Zuckerberg usa um algoritmo desenvolvido por seu melhor amigo, o brasileiro Eduardo Saverin, para criar um site voltado aos estudantes de Harvard.
Por que vale a pena? Segundo Camargo, o filme costuma gerar reações ambíguas. Se, por um lado, a conduta de Zuckerberg pode ser interpretada como desleal por alguns espectadores, a história também prova a importância do entusiasmo para realizar grandes feitos. “É uma história típica da geração Y, que procura satisfação e realização pessoal no trabalho”, diz o consultor. A energia de Zuckerberg e Saverin, assim como a de outros jovens, é o combustível para que o Facebook se torne uma das empresas mais bem-sucedidas da atualidade.
Jobs
O longa conta a história do fundador da Apple, Steve Jobs, das experiências juvenis na Reed College em 1974 à glória internacional trazida pelo lançamento do iPod em 2001.
Por que vale a pena? Jobs era obcecado pelo trabalho. Segundo Camargo, ele só demorou para chegar ao topo porque, por muito tempo, foi uma figura despretensiosa. Ainda assim, o sucesso seria inevitável para um gênio da sua estatura. “O filme celebra as pessoas que nasceram para fazer alguma coisa, que é o caso de Jobs”, diz o consultor. Quem respeita e valoriza seus próprios talentos está dando o primeiro passo para transformá-los em uma carreira bem-sucedida.
Mãos talentosas: A história de Ben Carson
O drama conta a história real de Ben Carson, um garoto pobre que se tornou um dos neurocirurgiões mais famosos do mundo. Apesar das dificuldades, ele encontra na mãe um apoio fundamental para seguir sua vocação para a medicina.
Por que vale a pena? Como “O físico”, o filme mostra a superação de adversidades para praticar a medicina. Segundo Camargo, esse processo fica mais fácil se há apoio em casa. O incentivo da mãe é fundamental para que o personagem — que na infância foi um aluno de notas baixas — descubra sua paixão pela neurocirurgia e ganhe destaque internacional em sua área.
7 erros que colocam em cheque a produtividade das empresas

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A produtividade de sua empresa pode ser afetada por uma das falhas mais básicas: erros na contratação de funcionários
Sob influência da crise política e econômica, as empresas brasileiras têm perdido competitividade perante outros mercados globais. De acordo com o ranking global do Instituto da Escola de Negócios Suíça IMD, o Brasil está na 57ª posição entre 61 nações, atrás de outros países da América Latina, como Argentina (55ª), Peru (54ª), Colômbia (51ª) e Chile (36ª).
Conforme Francisco Teixeira Neto, especialista da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), a competitividade está diretamente ligada a produtividade das empresas – embora a instabilidade econômica e política também exerçam influência importante. Confira, então, os principais erros que comprometem a produtividade e cuja mudança está ao alcance das empresas:
1. Erros na contratação dos funcionários – designar uma pessoa para um cargo no qual ela não possua o perfil e as competências necessárias ou contratar pessoas que não estejam alinhadas aos valores, crenças e objetivos da organização.
2. Falta de capacitação – não desenvolver constantemente as pessoas para a exercício da função, já que os processos são aprimorados e seus padrões alterados. Pessoas desatualizadas geram produtos ou serviços que precisam ser refeitos. Além disso, é importante estimular o feedback sobre o desempenho dos colaboradores. Se as pessoas não sabem o que fazem de errado, também não é possível que melhorem seu desempenho.
3. Ausência de processos – a falta de padrões impossibilita a replicabilidade de um processo ou resultado, gerando retrabalho.
4. Falta de indicadores – é necessário a medição e a melhoria do desempenho. A falta de indicadores deixa o processo muito subjetivo, nem sempre proporcionando os dados concretos para realizar mudanças.
7. Informações centralizadas – não disponibilizar as informações necessárias, ou devidamente atualizadas, para o exercício da função e a tomada de decisões pelas pessoas.
Fonte: Portal Administradores